17.1.18

Les Etats-Unis bloquent la moitié de leur aide à l’agence de l’ONU pour la Palestine



Isto não se deve só à burrice espalhafatosa de Trump. É um dilema antigo: devem os EUA financiar, por via direta ou indireta, quem os critica sistematicamente no palco internacional? 



Alguns defendem a estratégia do «sim», para, ainda assim, os EUA manterem formas eficazes de pressão sobre inimigos frágeis. Os que defendem o «não» alegam não ter havido resultados convincentes com, pelo menos, alguns desses inimigos. 



Reduzir o problema a mais uma trampalhada não me parece convincente. Será que a OLP entregaria dinheiro à ONU para financiar israelitas judeus, ou sionistas mesmo, ou para dar apoio humanitário a algum colonato? Se há uma guerra aberta e os EUA se posicionaram de um dos lados, Abbas tem razão em dizer que já não servem para conciliar, mas não tem razão para se queixar da diminuição da ajuda deles.



Les Etats-Unis bloquent la moitié de leur aide à l’agence de l’ONU pour la Palestine:



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Catalogne : les indépendantistes pourront-ils contrôler le nouveau Parlement ?

Notícia desenvolvida, com análises esclarecedoras, sobre o problema catalão no Le monde de ontem:



Catalogne : les indépendantistes pourront-ils contrôler le nouveau Parlement ?:



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Catalunha - Puigdemont é candidato apesar das ameaças de Rajoy

Não vale a pena atirar areia para os olhos distraídos, usar perguntas do tipo "se não está presente, como vai defender um programa". 



A verdade é que Rajoy continua a comportar-se com um ditador colonial e continua a contar com a benção do novo Rei. O problema da Catalunha e o problema da Espanha começam por resolver com a mudança de mentalidade e atitude por parte dos governantes de Madrid. 







Catalunha - Puigdemont é candidato apesar das ameaças de Rajoy:



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4.1.18

A esponja partidária


Em Portugal, o Presidente da República vetou a proposta de subsídio indireto aos partidos políticos através da devolução integral do IVA que paguem em qualquer compra.

Pelo que li nos jornais, a razão é de rigor, por assim dizer, técnico: o documento não está fundamentado. Pelo que li hoje nos jornais, também, todo o processo foi, caricaturizando, mafioso, baço, ínvio, com declarações públicas que faltam à verdade e de uma extrema falta, não só de rigor legal e processual (o que é gravíssimo para quem faz e aprova leis), mas também de transparência democrática, traço que devia guiar as sociedades abertas.Mantenho-me distante do sistema de partidos porque acho que ele não representa verdadeiramente os interesses da população, antes os falseia, tanto por publicidade enganosa (que só pode ser punida em eleições se os procedimentos forem transparentes e, portanto, do conhecimento público), quanto e sobretudo pela própria estrutura de representação que eles, legalmente, dominam, controlam e limitam. A crítica aos sistemas partidocráticos e a defesa de alternativas assentes em regimes de representação corporativa, sindical, social ou personalizada, já possuem uma tradição longa de pelo menos 100 anos e diversificada, conforme os protagonistas alinham mais por uma variante ou por outra, mais à esquerda ou mais à direita, etc.. Essa tradição, por assim dizer heterodoxa, insiste sempre numa tecla fundamental: é que o próprio sistema de funcionamento das democracias partidárias leva a que os partidos se constituam, para se subsidiarem, como gigantescas esponjas de absorção do erário público ou, sejamos então moderados, como grupos de pressão visando captar apoios retirados ao 'bem comum', ao dinheiro dos contribuintes, através dos quais asseguram a sua própria sobrevivência e o seu domínio. O que se tem passado, com a novela a que assistimos durante o período de Natal e até agora na imprensa portuguesa, é mais uma vez uma batalha de papel protagonizada por pessoas, ora confusas, ora atirando areia para a cara dos outros. O artigo de opinião para o qual remeto (v. hiperligação abaixo) esclarece-nos muito bem sobre o que está em causa nesta tentativa de quase todos os partidos representativos (ou seja, com representação parlamentar) obterem subsídios imorais e injustificáveis no âmbito do atual sistema fiscal europeu. Sugiro uma comparação, tanto mais oportuna quanto mais contrastante na aparência: As reações de vários parlamentares angolanos da oposição, quando se falou na necessidade de reduzir as benesses dos deputados, a par de algumas das reações de parlamentares governistas (em particular os bajuladores do ex-presidente) mostram por outra via a mesma faceta suja do sistema partidocrático: para beneficiarem do 'bem público' e de benesses a que, normalmente, outros cidadãos responsáveis não têm direito, unem-se todos e chegam mesmo a defender o secretismo nas decisões, que aparentemente criticam e que os principais partidos políticos portugueses acabaram de praticar. A atuação desses partidos está bem desmontada no artigo de José Xavier de Basto no Público de hoje. Uma última nota sobre as estratégias retóricas e políticas dos que se puseram contra.O Presidente português aproveitou a onda, com inteligência e prudência: escuda-se numa questão aparentemente técnica, mas que na verdade incrimina os protagonistas do processo, sem no entanto assumir uma postura mais clara contra o que se pretendia com a proposta. Sintomaticamente, agiu alinhado com o CDS-PP, que é um partido que não tem problemas em pagar IVA sem ser reembolsado. O CDS-PP montou sobre a onda com a desvergonha e o sentido estratégico típicos desta liderança, a mesma de quem mandou plantar eucaliptos e, pouco depois, se pôs a criticar o governo pelas causas dos incêndios. É a segunda vez que ambos atuam alinhados e isto faz pensar que o CDS-PP é, neste momento, o principal pilar parlamentar do Presidente português para desorganizar a coligação incidental que apoia um governo que, apesar de tudo, continua sendo visto com balanço positivo pela população em geral. Para desorganizá-la, ou seja, tendo como último objetivo (suspeito) substituir esse governo por outro de inspiração presidencial e de intento, pudicamente, consensual... O PAN parece ser o único partido que, até agora, agiu em conformidade com princípios morais de atuação política. Possivelmente, por estar à margem. Mas disso ainda não sabemos.
Opinião. A festa de Natal da ignorância:



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1.11.17

Pablo Iglesias sitúa a Fachin y Anticapitalistas "políticamente fuera de Podemos" por reconocer la república catalana | EL MUNDO



Caiu-lhe a máscara de novo. Desta vez de forma tão evidente que ninguém mais poderá dizer que não percebe. Como sempre disse, é um ditador à espera de oportunidade e tão 'madrileño' (leia-se Espanha unida à força) quanto Rajoy (que devia ser galego):



Elecciones en Cataluña: Pablo Iglesias sitúa a Fachin y Anticapitalistas "políticamente fuera de Podemos" por reconocer la república catalana | EL MUNDO:



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29.10.17

Catalunha: Centenas de milhares pedem em Barcelona unidade de Espanha e prisão para Puigdemont

Afinal, segundo a Polícia, seriam só 300 mil...



Algo me faz desconfiar, nisto tudo, fico a desfiar interrogações: a notoriedade que manifestações menores atingem sobre manifestações maiores, com cobertura da imprensa bem posicionada em países como Portugal (que nada ganha com o que Madrid está a fazer); o facto de serem sempre aos Domingos (para trazerem gente de lugares mais longe?); a repetição de sinais da presença de forças de extrema-direita (a que ponto chegará Rajoy para acabar com as autonomias? Que compromissos pode ter assumido com a extrema-direita espanhola? Porque estes manifestantes são sempre tão radicais, ou mais, do que Rajoy?) Qual o sentido de Rajoy 'queimar' na Catalunha a sua super vice-primeira-ministra?



De qualquer dos modos, os catalães só têm uma maneira de responder: votar em massa contra Rajoy e contra os integracionistas. Manterem a via pacífica. Rajoy, por sua vez, avança com uma estratégia que visa, para além de abafar a autonomia e experimentar medidas autoritárias, tornar a oposição refém: se não alinhar com ele, é contra a Espanha. E a oposição não parece ter convicção suficiente para lhe desmontar a estratégia e convocar manifestações pacifistas, em toda a Espanha, defendendo uma legalidade democrática e uma solução baseada na livre decisão de cada povo. De maneira que o voto, com um país (a Catalunha) controlado autoritariamente por Madrid, só pode ser entre independentistas ou PP. E o Ciudadanos faz a triste figura de mostrar que a sua verdadeira razão de ser não visa renovar e aprofundar a democracia mas apenas calar decisivamente as hipóteses reais de mudança em nome de uma renovação plausível e moderada.



A política espanhola está, paradoxalmente, muito pobre.



Catalunha - Catalunha: Centenas de milhares pedem em Barcelona unidade de Espanha e prisão para Puigdemont:



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21.10.17

Milhares nas ruas de Barcelona contra Rajoy



Rajoy prossegue a sua estratégia do tudo ou nada, sendo o tudo o esmagamento das autonomias começando por esta e o nada a confusão generalizada para que ele triunfe sobre o caos. 

Mas o pior, por agora, são mesmo os aspetos jurídicos: parece, segundo advogado amigo e segundo um politólogo catalão, parece que o artigo 155 não permite isto, nada disto, além de violar o acordado do tempo de Maragall. Pedro Sánchez, por seu turno, mostra porque não é uma alternativa a nada. E o Podemos pode ir para a Venezuela, porque nem mesmo numa situação destas presta uma ajuda decisiva, apenas tenta capitalizar votos radicais - que já tem. 

A Europa jaz, posta nos cotovelos. Com política tão cínica e Trump do outro lado, não há, neste momento, países defensores credíveis dos direitos humanos no mundo - exceto, talvez, a Bélgica e a Escócia. Que não estão para se incomodar muito. 




Espanha. Milhares nas ruas de Barcelona depois da intervenção de Rajoy:



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