25.6.11

benguela tem apneia do sono

Benguela é cada vez mais assim que se apresenta: de vez em quando parece que acorda de um sono pesado, de uma forma geral arranja-se, prepara-se para receber visitas, a vida parece dar viço às ruas e passeios. Depois, subitamente, cai no sono outra vez. Desmazela, as ruas abandalham-se, os polícias olham para tudo menos para as asneiras dos motoristas, a água escasseia nas torneiras, a luz falha constantemente mesmo que seja cacimbo, tudo em geral se descuida, um sentimento geral de impunidade conforta os comerciantes e os funcionários públicos, principalmente os mais responsáveis. A autoridade não se faz sentir. A eficácia não acena de longe nem de perto. As fossas, esgotos, canos rotos espalham o seu exército de mosquitos e capim baixo por vários pontos da cidade. Os telefones e as ligações à Internet bloqueiam, não respondem, desviam números. E não sabemos quando vai passar, quando Benguela irá mexer novamente um bocadinho que seja. Que seje, aliás. Walalê?

20.6.11

velhos vícios retornam sempre (e depressa)

Antes de sair, o anterior vice-decano do ISCED para a área académica, Abílio Sucena, visitou várias turmas da instituição para conferir as listas de alunos que deviam ser depuradas dos que entraram na gasosa. 


Uma das turmas de Pedagogia foi reduzida em 10 alunos (de 31 para 21). Na semana a seguir à suspensão da anterior direcção, surgiu nova lista de alunos, sem ninguém assinar responsabilizando-se por ela. Da nova lista constavam agora... 30 alunos. Ou seja: dos 10 que se apurou terem entrado sem condições para isso, 9 regressaram e estão a frequentar as aulas e vão fazer os exames. 


Cansados de tanta aldrabice e de quase ninguém a ver, os alunos 'esquecem', deixam passar. Realmente, não podem andar sempre a fazer queixas, ninguém gosta disso. 

16.6.11

quem copia leva 10!

Em Portugal, candidatos a juízes foram apanhados a copiar e, por castigo... passaram com nota 10 (num total de 20)!


Se os responsáveis pela Justiça passam a juízes de forma ilícita e na ignorância (de quem precisa de copiar), não admira que os portugueses se queixem tanto da tal justiça... e muitos emigrados em Portugal também. 


Portugal devia olhar para países em que o facilitismo conduziu ao desastre, à mera corrupção e falsificação de dados. Hoje, têm uma dificuldade enorme em se erguer, porque ninguém convence ninguém de que o crime não compensa. 


São atos desses, como também passarem alunos no ensino médio ou secundário só para ficarem com estatísticas 'europeias', atos desses é que fazem com que Portugal seja, cada vez menos, um país para levar a sério. E isso não há FMI que resolva. 
Segundo a Angop, o primeiro secretário provincial de Luanda do MPLA, Bento Bento, apelou hoje, segunda-feira, às pessoas que queiram fazer manifestações no Largo da Independência para escolherem outro local, porque desta forma estariam a banalizar o recinto.

Estranho raciocínio! Não banaliza mais o recinto ele não servir para nada? Como banalizam recintos manifestações de oposição, que ainda por cima são raras?

Pior, diz Bento Bento que o largo serve para as pessoas fazerem 'romarias' e tirar fotos, que é um largo de respeito e, por isso, devem escolher outro lugar para as manifestações. Mas manifestarem-se à sombra do busto de Agostinho Neto é faltar-lhe ao respeito porquê? Ou será antes sugerir que as pessoas comparem os sonhos e promessas do primeiro presidente de Angola com a atualidade?

Insinuar que manifestações de oposição constituem falta de respeito mostra como muitos dirigentes do maioritário continuam a ter uma noção demasiado musculada e pouco democrática do exercício da democracia.

13.6.11

por contabilizar

O número de processos desaparecidos durante a gestão da direção suspensa do ISCED-Benguela. 


Ainda por contabilizar os danos financeiros trazidos à Instituição pela má-gestão da equipa de José Augusto.


Igualmente por contabilizar o número de alunos que fizeram ilegalmente o exame da época especial ou contornaram a prescrição tendo chumbado no exame. Não foi só nas admissões que houve 'aldrabice'. 


Também por contabilizar e nomear os colegas e funcionários coniventes.

9.6.11

Twayovoka tem toda a razão

Se não podem fiscalizar o executivo, o que andam os deputados a fazer na AN?


E, se não podem fiscalizar o executivo, como podem aprovar a sua acção?

arrumar a casa

Depois do vendaval de disparates que levou à demissão da direcção anterior, o novo decano do ISCED-Benguela parecer começar com o pé direito: tomar o pulso à situação, calma e discretamente, e ir arrumando a casa. 

afrikkanitha

Não sou eu quem está aqui

afrikkanitha

Não sou eu quem está aqui

8.6.11

mais aldrabices no isced-benguela

Alunos que fizeram exames e foram chumbados aparecem nos livros de turmas como se tivessem passado. 

Os professores confirmaram, mostraram suas pautas e, afinal, apesar de reprovadas e reprovados, houve alunos que passaram. 

Mais uma habilidade da direção demitida. E os alunos, vão sair agora das listas em que entraram ilegalmente? E se algum deles é familiar da reitoria ou de alguém com notoriedade no partido? Sai também?

Quem são os maiores corruptores, os autores de corrupção ativa? Porque é que os nomes deles nunca se tornaram públicos quando não foram os próprios alunos a pagar por fora? 

3.6.11

dr. sucena perseguido na UKB

O Dr. Abílio Sucena, vice-decano do ISCED suspenso com toda a direcção pela reitoria da UKB, vai ser objecto de um inquérito suplementar à sua actividade. Quem foi nomeado para dirigir o inquérito foi o actual secretário-geral da Reitoria, José Domingos Calelessa, ex-decano do ISCED-Benguela. Que persegue o Dr. Abílio Sucena desde que este aceitou ser vice-decano no tempo do reitor Paulo de Carvalho. 

Por outro lado, a comissão de gestão nomeada pelo novo reitor, é encabeçada pelo Prof. Manuel Bandeira - justamente um dos membros da antiga reitoria que escreveu para o Ministério do Ensino Superior intrigando contra Paulo de Carvalho no tempo em que lhe servia como seu vice. 

Parece que esta Reitoria está apostada em perseguir todos os que colaboraram com Paulo de Carvalho e em premiar todos os que o traíram ou combateram. 

Andam maus conselheiros por aí.