10.3.22

Provável origem russa de perfis 'ocidentais' pró-Putin


A guerra na Ucrânia, sob ataque russo com as mesmas táticas que Putin usou na Síria, continua. A resistência ucraniana (e euro-americana) dura mais do que se pensou. Caso haja dinheiro para isso (apesar das turbulências das sanções, que também afetam os mercados sancionadores), a Ucrânia continuará resistindo, segundo parece, até ao último homem ou nem chegará ao último homem.

O que me traz aqui é outro aspeto. Putin aproveitou para cortar as redes sociais mundiais, isolando completamente os russos, e estas redes também queriam cortar a propaganda tortuosa, as distorções argumentativas (por exemplo: povos que têm a mesma origem devem viver sob o mesmo domínio, o do mais forte entre os da origem comum) e narrativas (exemplo de uma narração distorcida: russos e ucranianos são o mesmo povo. Quais russos? Os da Sibéria?) promovidas pelos russos para confundir 'o Ocidente'. 

Não sei se repararam mas os conteúdos distorcidos e retorcidos que circulavam pelas redes sociais são agora em muito menor número e são também muito menos os perfis que as acolhem e divulgam. Ou seja: muita dessa propaganda pró-russa tinha mesmo origem na Rússia. É um bom momento para se descobrirem, denunciarem e eliminarem perfis falsos desse lado do mundo. Quanto aos idiotas úteis, serão sempre úteis e idiotas e viverão sempre à custa de quem lhes sustenta a liberdade necessária para serem burros ou cínicos.