29.10.17

Catalunha: Centenas de milhares pedem em Barcelona unidade de Espanha e prisão para Puigdemont

Afinal, segundo a Polícia, seriam só 300 mil...



Algo me faz desconfiar, nisto tudo, fico a desfiar interrogações: a notoriedade que manifestações menores atingem sobre manifestações maiores, com cobertura da imprensa bem posicionada em países como Portugal (que nada ganha com o que Madrid está a fazer); o facto de serem sempre aos Domingos (para trazerem gente de lugares mais longe?); a repetição de sinais da presença de forças de extrema-direita (a que ponto chegará Rajoy para acabar com as autonomias? Que compromissos pode ter assumido com a extrema-direita espanhola? Porque estes manifestantes são sempre tão radicais, ou mais, do que Rajoy?) Qual o sentido de Rajoy 'queimar' na Catalunha a sua super vice-primeira-ministra?



De qualquer dos modos, os catalães só têm uma maneira de responder: votar em massa contra Rajoy e contra os integracionistas. Manterem a via pacífica. Rajoy, por sua vez, avança com uma estratégia que visa, para além de abafar a autonomia e experimentar medidas autoritárias, tornar a oposição refém: se não alinhar com ele, é contra a Espanha. E a oposição não parece ter convicção suficiente para lhe desmontar a estratégia e convocar manifestações pacifistas, em toda a Espanha, defendendo uma legalidade democrática e uma solução baseada na livre decisão de cada povo. De maneira que o voto, com um país (a Catalunha) controlado autoritariamente por Madrid, só pode ser entre independentistas ou PP. E o Ciudadanos faz a triste figura de mostrar que a sua verdadeira razão de ser não visa renovar e aprofundar a democracia mas apenas calar decisivamente as hipóteses reais de mudança em nome de uma renovação plausível e moderada.



A política espanhola está, paradoxalmente, muito pobre.



Catalunha - Catalunha: Centenas de milhares pedem em Barcelona unidade de Espanha e prisão para Puigdemont:



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21.10.17

Milhares nas ruas de Barcelona contra Rajoy



Rajoy prossegue a sua estratégia do tudo ou nada, sendo o tudo o esmagamento das autonomias começando por esta e o nada a confusão generalizada para que ele triunfe sobre o caos. 

Mas o pior, por agora, são mesmo os aspetos jurídicos: parece, segundo advogado amigo e segundo um politólogo catalão, parece que o artigo 155 não permite isto, nada disto, além de violar o acordado do tempo de Maragall. Pedro Sánchez, por seu turno, mostra porque não é uma alternativa a nada. E o Podemos pode ir para a Venezuela, porque nem mesmo numa situação destas presta uma ajuda decisiva, apenas tenta capitalizar votos radicais - que já tem. 

A Europa jaz, posta nos cotovelos. Com política tão cínica e Trump do outro lado, não há, neste momento, países defensores credíveis dos direitos humanos no mundo - exceto, talvez, a Bélgica e a Escócia. Que não estão para se incomodar muito. 




Espanha. Milhares nas ruas de Barcelona depois da intervenção de Rajoy:



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