10.5.17

Demissão do diretor do FBI nos EUA



Trump e alguns republicanos continuam a sua 'limpeza'. Agora estão livres de investigações sobre os laços que os ligaram a Putin, acusações muito graves que, pelos vistos, se confirmavam. Neste contexto, o que avança é o autoritarismo do novo presidente, que mantém o complexo de não ter sido eleito por maioria nem num quadro estritamente legal (devido, precisamente, aos apoios de Putin).


No entanto, os democratas ficaram mal na história: primeiro, queriam eles que James Comey fosse embora, por ter puxado pela investigação sobre o uso oficial de contas privadas de e-mail por parte de Hillary. Depois rejubilaram quando o FBI prosseguiu na investigação sobre os apoios russos a Trump e já queriam, novamente, que se mantivesse o diretor. Fizeram algo muito parecido com o que fez o novo presidente, que primeiro disse que ia manter Comey e agora o demitiu. 


De resto, este novelo todo não se desenrola sem envolver o nome do casal Clinton. A única demissão de um diretor do FBI (prerrogativa presidencial) foi feita justamente por ...Bill Clinton. Nunca antes nenhum presidente se atrevera a usar essa prerrogativa, para não pôr em causa a imparcialidade da instituição, que assim constituía um dos pilares da democracia nos EUA. É certo que esse diretor estava envolvido em escândalos financeiros, mas havia talvez outra maneira de resolver o problema. Também é certo que os argumentos usados por Trump são falaciosos, pois invoca a necessidade de recuperar a confiança numa instituição cuja isenção é posta em causa, justamente, por esta demissão. Mas havia um precedente e os precedentes são fatais em política, porque, para o senso comum, se 'o outro' fez, é justo que 'eu' faça também.  



F.B.I. Director James Comey Is Fired by Trump - The New York Times:



Entretanto, tudo vai ficando cada vez mais claro. Lavrov recebe uma prenda à chegada. Era preciso agradecer:



Days Before He Was Fired, Comey Asked for Money for Russia Investigation - The New York Times:


E, já agora, em português, a comparação com Nixon que, realmente, nunca demitiu o diretor do FBI:


E, mesmo para terminar, o atual Presidente estadunidense reafirma que não tem negócios com a Rússia, que nunca recebeu dinheiro de lá, exceto há uns anos!, mas continua sem mostrar a documentação (principalmente a documentação fiscal) que permitiria verficar pelo menos uma parte do que diz.


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