11.3.12

apoios reais e demagogia



O governo decidiu dar apoios para pequenos negócios e pequenas empresas, por exemplo através da facilitação e gratuidade da constituição das empresas, do juro bonificado (2%) a 5 anos, da criação de unidades técnicas para apoio na burocracia da constituição das empresas, etc. 


O programa de apoio anunciado pelo PR, a concretizar-se, merece sem dúvida o aplauso da própria oposição. 


Já o mesmo não me parece do que habitualmente é muito elogiado: o programa de casas para todos. É um resquício de socialismo que traz todos os seus vícios: na prática, as casas vão ser distribuídas sob orientação de redes clientelares e o povo, na verdade, não precisa de casa. As pessoas fazem as suas casas mesmo na candonga. O que precisam é de terrenos e de infraestruturas. Se o governo, em vez de construir casas, legalizar a maioria dos terrenos ocupados e com casas contruídas (os que tenham condições de habitação), pode gastar o dinheiro da construção de casas a criar ruas, nem que seja de terra bem batida; a criar redes de abastecimento de água mais completas (não é uma torneira para milhares de pessoas); a criar redes de distribuição de energia elétrica; redes de esgotos e escoamento de águas pluviais. E, também, a fazer isso tudo funcionar (água, luz, esgotos, ruas). 


Um governo que não garante aos seus cidadãos água e luz e esgotos, faz sentido que vá gastar milhões a fazer casas para entregar a pessoas que as fazem sozinhas? Não. Nem estimula o desenvolvimento. O que estimula o desenvolvimento são programas como esse anunciado pelo PR: ajudar as pessoas a criarem a sua própria riqueza.

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